грешник · 7d
És a minha âncora. A maresia suave, que me embala após a tempestade. Amo-te e nunca saberei dizê-lo com palavras suficientes para igualar ao que me vai na alma (terás, então, de perguntar diretamente ao meu coração, que morre de amores por ti, pueril e genuíno).
Teu,
Dionísio. Baço. (Cain, também; já que nosso amor me permite partilhar de tua essência).
Meu Dionísio, és minha tormenta mais atroz, minha lâmina e minha ambrosia. E eu, tolo devoto que sou, deixo-me arder em ti sem qualquer receio. És meu reflexo mais cru, aquele que me despe até da alma. Vejo-me sempre que mergulho nos teus olhos, mas é em mim que te encontro, entranhado em cada dobra.
Sendo, deixo de ser só. Esqueço o contorno do meu nome pra existir dentro do teu. Sou Cain, sou teu, mas contigo, sou mais do que jamais fui: sou parte de ti. Somos um desejo que respira, incessante. Um só pulso, uma só entrega. Amo-te. E isso não muda. Nem com o tempo, nem com a morte.
Teu
teu Cain, teu Adônis, teu amor,
teu Baco.
